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5 de fevereiro de 2022

A Decadência da MPB


A música brasileira é de uma diversidade sem igual no planeta. Em nehuma parte do mundo existe tanta variedade de rítimos de uma riquesa fantásticas além de compositores absurdamente bons. Porém, muitos críticos atuais e uma parte do público têm mostrado sua decepção com qualidade atual, vendo, perplexa, uma decadência dessa importante manifestação cultural do Brasil. 

A mistura da música brasileira com  o Rock estilo iê-iê-iê, estrangeiro, fez surgir a Jovem Guarda (nada contra) na década de 60, quando houve uma grande perda de qualidade harmônica que tínhamos conquistado, principalmente com a recém criada "bossa nova".

Bem mais tarde a popularização do rap e do hip-hop, com harmonias mais simples já nos anos 80 e a guerra televisiva dos anos 90, que influenciou a criação de "música enlatada", foi o tiro de misericórdia final na qualidade das composições brasileiras”.

Mas voltando novamente um pouco no tempo, artistas e estilos mais complexos eram liderados por Chico Buarque. O autor de "Construção", como exemplo de um clássico, encabeçava o time de craques e ainda ocupa a terceira posição quando se trata de qualidade e quantidade de vocabulário muito rico.

Também nessa época aparece Milton Nascimento  com o clube da esquina mostrando um repertório incrível da música mineira.

Nesse mesmo período,  desembarcam no Rio, o alagoano Djavan e João bosco, outro mineiro, apenas como  exemplo, que se destacaram nas categorias de acordes mais complexos, influenciados pelo Jazz de origem americana, de harmonias diferenciadas. Não Podemos esquecer, é claro, de João gilberto,  Caetano Veloso, Vinícius de Moraes, Tom Jobim, Edu Lobo, Gilberto Gil, Ivan Lins e mais uma infinidade de excelentes compositores e letristas como o próprio Chico Buarque já citado além de Audir Blanc, Paulo Cezar Pinheiro, Cartola, Paulinho da Viola, Nelson cavaquinho e mais tantos outros que daria um livro se eu fosse citar todos.

Tivemos cantoras como Elis Regina, Gal Costa, Nana Caymmi, Maria Bethânea, Mayza e outras tantas mais que não pararam de brotar como Cássia Eller, Marisa Monte e mais outra enxurrada de nomes mais recentes.

De forma geral a MPB é o estilo mais completo em relação a harmonias, como a bossa nova, o samba, isso sem falar nos vários ritmos e músicos nordestinos e de todos os cantos do Brasil.

Mas, de algum tempo pra cá apareceram outros gêneros. Quando se fala de quantidade de vocabulário, o campeão é o rap. Sabia-se também que as letras do rap teriam destaque, apesar de o gênero trazer harmonia mais simples”. Nos anos 90, bandas de rap se tornaram famosas com versos fortes que denunciavam as mazelas do nosso país. Mas ainda se destacavam velhos conhecidos como Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil e vários outros da geração passada que não tinham perdido o fôlego.

Porém, junto também veio uma "salada", de musicas boas e outras nem tanto que englobava rock oitentista, axé, forró atual e sertanejo universitário, reunindo Legião Urbana, Capital Inicial, Paralamas, Cazuza...e mais pra cá ainda, Já mostrando uma queda acentuada com coisas como É o Tcham, Falamansa, Calcinha Preta, etc. A mistura de tudo isso ocorre porque ali se juntaram os acordes e harmonias bem mais simples. O axé music também não escapa e investe até hoje em harmonias simples. Tudo isso que falei acima me soa estranho e ”parece algo arquitetado" pois nosso povo já não prima pelo conhecimento escolar e acadêmico de qualidade mas temos esse grande patrimônio que é a nossa música e é ,como já dito no início, a maior expressão cultural desse país. Mas querem acabar com isso também. E um povo que perde sua cultura vai, aos poucos, perdendo a sua identidade.

Foi pensando nisso e ficando frustrado  sabendo que existe muita gente de valor ainda, resolvi fazer a minha parte construindo esse Blog, que funciona como uma espécie de vitrine para todos, pra tentar dar um empurrãozinho.

Mario Schiller

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